O livro de Ed Warner sujere 3.5 colheres de sopa de sal sem iodo para cada 3.8 litros de água. Ele recomenda usar-se o sal mais barato possível. SF Bay Brand indica que se deve aumentar a dureza da água para melhorar as hipóteses de sobrevivência da artémia, portanto juntar uma pitada de bicarbonato de sódio pode ser boa ideia.
Para que a artémia recém-eclodida não morra, a água deve ser vigosamente remexida mantendo-se os pequenos camarões de artémia em suspensão. Isso é conseguido injectando ar através um tubo de plástico rígido com 30 cm ligado a um tubo flexível por sua vez ligado a uma bomba de ar. A secção rígida impede o tubo de sair do recipiente. Os aquariofilistas usando difusores de ar poderão descobrir que entopem frequentemente neste ambiente.
Para retirar os nauplii (camarões de artémia recém-nascidos)
desliga-se
o ar, coloca-se um tupo rígido ligado a 70-90 cm de tubo flexível e
deixa-se o contéudo acentar. As cascas de ovo serão recolhidas
no topo da água. A artémia deverá afundar-se (se a água não for demasiado
salina). Então basta sinfonar os camarões para uma rede de artémia (muito
fina), colocar o conjunto numa chávena de água e usar uma pipeta para
dar aos peixes.
Os nauplii irão viver até 24 horas no aquário.
Ed Warner insiste que os ovos de artémia precisam de pelo menos um ano de incubação antes de estarem prontos para eclodir. Ele refere que uma fraca taxa de eclosão de um recipiente recentemente aberto pode dever-se a tempo de incubação insuficiente e que as melhores eclosões provém de ovos mantidos alguns anos, com ovos mantidos por 5 anos num recipiente fechado a vácuo a fornecer a taxa perfeita de 100% de eclosões.
Aqueles que VERDADEIRAMENTE querem experimentar a criação de artémia devem obter um grande recipente (um aquário, uma banheira, etc), enchê-lo com água e sal para aquários de água salgada e colocar-lhe alguma água verde e nutrientes (tabletes de fertilizante ou o que tiver) e esperar que a água fique amarelo-esverdiada. Juntar então alguma artémia recém-eclodida ou artémia adulta (disponível em algumas lojas) e esperar. Juntar de quando em quando leveduras e outros micro-alimentos ajuda a promover o crescimento da artémia. Será também útil colocar a cultura num local bem iluminado indirectamente estimulando o crescimento das microalgas.
Aquários de alevins podem ser semeados com dáfnias. As dáfnias comem as bactérias que podem ser perigosas para os peixes e geralmente purificam a água. Os alevins comê-las-ão quando crescerem.
Alevins recém-nascidos podem igualmente ser adicionados directamente a culturas de dáfnias (2 alvins por litro) e irão alimentar-se a seu gosto. Porém, alevins mantidos em aquários à sua medida e alimentados intensivamente irão crescer mais depressa.
Para apanhar as dáfnias pode usar-se uma rede fina.
As dáfnias podem também ser apanhadas em lagos com uma rede para plancton. Uma rede mais barata pode ser construida pelo próprio aquariofilista em "faça você mesmo". Cosa uma rede cónica de malha fina, com um material do estilo tecido de cortinado e prenda-a a um pedaço de arame dobrado em círculo. Coloque pesos num lado da moldura de arame e pendure-a num suporte através de 3 correias. A rede pode ser lentamente arrastada atrás de um barco num lago onde se saiba que existem dáfnias. A moldura de arame manterá a boca aberta e os pesos irão agir como a cauda de um papagaio impedindo a rede de rodar enquanto é arrastada. Esta técnica pode ser notavelmente proveitosa mas o aquariofilista deve tomar cuidado com os parasitas como a Hydra e diversos insectos carnívoros.
Outro meio de cultura é usar um piscina de criança com uma pequena quantidade de ervas cortadas (sem herbicídas, por favor) para encorajar a água a ficar estagnada. Então espera-se que os mosquitos se reproduzam aí. Após um par de semanas grande número de larvas poderão ser apanhadas com uma rede de peixes. Neste tipo de "cultura natural" deve-se apanhar as larvas furtivamente dado que elas mergulham para o fundo quando detectam movimento.
Outros métodos incluem encher um balde de água de lago de jardim (a água da torneira demora muito a ficar velha!) e adicionar então uma chávena ou duas de solo, permitindo que acente durante alguns dias. Assim que as larvas começarem a aparecer pode-se usar uma grande rede de aquário passando a água de um balde para o outro e assim apanhando as larvas de mosquito que estiverem presentes.
O maior problema com estas técnicas é que os vizinhos podem não gostar da criação de mosquitos. Porém, providenciando para que todas as larvas possam ser capturadas antes de se transformarem em mosquito, um optimista poderia ver aí uma oportunidade de controlar a população de mosquitos, dado que os mosquitos já não se reproduziriam num charco algures onde o controlo seria perdido.
Outro problema é que se se fornece demasiadas larvas e os peixes não as comerem pode existir um aumento significatico da população de mosquitos na sua casa, dado que as larvas se transformarão em mosquitos.
AVISO: refeições frequentes irão fazer com que os peixes fiquem gordos e ignorem a reprodução. Além disso as doenças são de longe mais comuns com uma forte dieta de vermes.
OUTRO AVISO: Se demasiados vermes forem dados aos peixes de uma vez irão enterrar-se no areão e esconder-se.
(O Tubifex é ainda mais feio e mal-cheiroso e o aquariofilista não deve tentar criá-los. É possível mas reconsidere - vivem e alimentam-se na lama e podem transportar hepatite e outros potenciais patogénicos.) Se comprar uma porção de tubifex, está reportado que é a "comida" que cheira mal, não os vermes em si. Estes podem ser mantidos com sucesso em água fria currente sem produzir odor. Alternativamente podem ser mantidos até três dias num balde de tamanho médio com água fria no frigorifico.
Lembre-se de manter a cultura húmida mas não encharcada. Pulverize com água sem cloro de vez em quando.
Culturas como estas frequentemente são infestadas com ácaros e/ou piolhos. Ambas as pestes podem ser dadas aos peixes e são comidas com gosto mas depressa se tornam um aborrecimento. Se isso acontecer retire alguns vermes e mantanha-os numa chávena com água por 3-4 horas. Isso afogará a infestação e os vermes podem ser usados em nova cultura. As velhas culturas infestadas pode ser salvas mas não compensam o esforço.
Se os vermes não crescerem bem tente ajustar o pH do solo misturando um pouco de bicarbonato de sódio para neutralizar a acidez da turfa.
Uma interessante técnica de criar vermes é usada por alguns criadores de killies alemães. Eles usam uma esponja de poros largos que acenta num tabuleiro cheio de água e coberto com um pedaço de vidro. Este método é mais limpo que o do solo e turfa.
O substrato com mais sucesso usado por um de nós (DW) são migalhas de pão seco e re-hidratadas com alguma levedura adicionada. Os pedaços de pão são preparados recolhendo velhas côdeas, guardando-as no frigorífico e depois secando-as. O pão é então esmagado e depois guardado em recipientes selados (como baldes para gelados). As migalhas durarão para sempre. Quando for tempo de alimentar os vermes use uma grande gamela e misture juntando água. Finalmente coloque na cultura. Use apenas o suficiente para uma semana. A quantidade de água deve variar - quando a cultura tender a secar no verão deve-se incluir mais água mas se a cultura já estiver demasiado húmida então usar uma mistura mais seca.
Poder-se-á perguntar quanto tempo durará a cultura até começar a cheirar mal. É uma boa questão, para a qual não existe uma resposta imediata, um de nós (DW) tem culturas com mais de 3 anos, com uma produção são forte como sempre e sem odor.
Mantenha estes vermes numa completa escuridão. Eles sairão do solo e procurarão a comida, devorando-a depressa, formando um novelo entrelaçado. O aquariofilista pode arrancar essa massa do solo e usá-la para alimentar os peixes. Os vermes esconder-se-ão no solo assim que sentirem a luz, portanto seja rápido a apanhá-los. Outro meio de separar os vermes da sujidade é obter um frasco cilíndrico com as extremidades removidas e prender uma rede de plástico fina a uma extremidade (com um cordel, um elástico ou outra coisa que sirva). Encha de água um recipente de vidro (como um copo de medição). Ponha o frasco por cima da água de modo a que o fundo fique a cerca de 1 cm de água. Ponha uma mistura de solo e de vermes dentro do frasco e uma luz sopre o topo (por exemplo, um pequeno projector de secretária). O calor condurizá os vermes para o exterior, através da rede e caindo na água. Isto pode levar um par de horas ou mais. Os vermes ficam limpos e podem ser dados aos peixes directamente, colocados num comedouro de vermes ou congelados para utilização futura. Isto serve para vermes brancos grandes e pequenos e, assumindo que os vermes Grindal podem ser criados em solo, deve servir para eles também.
Porém, se não se importar de sujar as mãos, uma maneira mais rápida e eficiente será colocar o conjunto de vermes e terra num recipiente, juntar água, remexer e despejar a sujidade. Os vermes serão recolhidos em redes e colocados de novo em água limpa, remexendo de novo e despejando e repetindo a operação até os vermes estarem limpos. Desta maneira vermes limpos podem ser obtidos em minutos.
Os vermes brancos devem ser dados aos peixes num comedouro de vermes (frequentemente chamado também de "comedouro de tubiffex"), para que os peixes possam ir comendo a pouco e pouco. Também podem ser postos directamente numa tijela no fundo do aquário, onde ficam até os peixe os comerem. Este método é particularmente útil para criadores de killies que apenas têm turfa como substrato. Tenha cuidado em não colocar os vermes directamente no aquário; alguns irão enterrar-se no areão onde ficarão inacessíveis para todos menos os mais empenhados escavadores, como os Hoplosternum. Quanto o aquariofilista tiver preparado demasiados vermes para um dia o restante deve ser rapidamente congelado para ser usado mais tarde.
Uma forma eficiente de concentrar a cultura antes de a usar é desligar a bomba de ar e colocar um pequeno projector do lado de fora do recipiente. Dentro de 15 minutos os infusórios começarão a formar nuvens á volta da luz ou poderão formar uma distinta camada leitosa na água, frequentemente mesmo abaixo da superficie. Podem ser visíveis minúsculos pedacinhos prateados de pó movendo-se determinadamente pela água. As concentrações de infusórios podem ser retiradas com um sifão e colocadas no aquário dos alevins.
Informação fornecida por Greg Frazier
Para criar enguias do vinagre, é preciso um recipiente (por exexmplo, uma jarra de 3 ou 4 litros com um gargalo suficientemente largo para meter uma mão), uma maçã, vinagre de cidra maçã e água. (NT: O vinagre de cidra está disponível em alguns hipermercados). Pequenos recipientes devem servir mas um de 3 ou 4 litros fornece enguias mais do que suficientes para uma pequena criação profisisonal. O vinagre pode ser cortado com até 50% de água mas não mais que isso. Introduza alguns cubos de maça descascada (só é necessária um mão-cheia de cubos) e encha com vinagre e água (mais uma vez não mais que 50% de água). Coloque então metade da cultura inicial (ou "starter"). Espere pelo menos 24 horas para dar às bactérias tempo para se instalarem e coloque a segunda metade da cultura inicial. Em cerca de um mês uma chávena tirada da jarra deve vir obscurecida com enguias. Quando a mistura começar a ter um aspecto sujo (isto é, 1 cm de porcaria acumulada no fundo, o que deve levar meses) é tempo de fazer nova mistura.
Colha as enguias com duas chávenas e um filtro de café. Retire uma chávena da criação, despeje-a através do filtro. A maiorias das enguias vão passar através do filtro mas algumas ficarão lá. Despeje água doce através do filtro e então inverta-o e despeje as enguias para um copo. Um filtro de papel (disponivel em algumas drogarias) também pode ser usado. O filtro de papel evita que as enguias passem mas também demorará bastante (10 minutos ou mais) para o vinagre passar.
Deixe as enguias algum tempo no copo antes de as dar aos alevins. Tenha cuidado em lavar as enguias bem - adicionar vinagre a um pequeno aquário de criação pode fazer o pH descer subitamente com consequências desastrosas. As enguias do vinagres são mais compridas que a artémia recém-eclodida mas têm um diametro mais pequeno - os peixes conseguem comê-las antes de conseguirem comer artémia. No aquário as enguias irão deslocar-se com qualquer currente mas se não existir currente irão subir à superficie (uma grande vantagem sobre os microvermes).
Os microvermes podem ser criados em recipientes de iogurte de 500 ml feitos de plástico do tipo 5 (o plástico marcado como reciclável). Este material é bastante grosso, flexível e barato e a micro-estrutura da superficie parece permitir aos vermes treparem pelos lados em concentrações suficientes para serem colhidas. Os recipientes de plásticos mais finos não são bons - os vermes não se desenvolvem e parecem não conseguir subir pelos lados. Faça um buraco, talvez com um diâmetro de 2 cm na tampa para fornecer ar e, se as criações forem empilhadas certifique-se que os recipientes ficam colocados em diferentes posições para que sejam expostos ao ar pelo menos uma vez em cada dois dias. Se isto não for feito os vermes morrem. As criações podem ser colocadas dentro de casa e tantos como 24 recipientes fazem uma compacta mas muito produtiva fonte de comida viva.
Em cerca de uma semana os microvermes podem ser colhidos dos lados com o dedo (a melhor maneira), com um cotonete ou com uma escova. Opcionalmente pode-se colocar um pedaço de plástico espalmado (ou madeira) sobre a criação e raspar os vermes com uma lâmina quando se tornarem numerosos (alguns tipos de cones de gelado também podem ser usados como plataforma de recolha). Lave os vermes recolhidos para um copo de água limpa e despeje-o no aquário ou coloque os vermes directamente no aquário.
As criações irão durar aproximadamente duas semanas. Desde que o meio de cultura seja fresco não haverá odores fortes mas quando esses odores aumentarem a produção irá diminuir e será altura de começar uma nova criação.
Pode-se aumentar o tempo que os microvermes demoram a passar para o aquário colocando-os num alimentador de vermes forrado com um pano filtrante.
Duas semanas mais tarde haverá moscas da fruta recém eclodidas prontas para dar aos peixes. A criação continua a produzir por cerca de duas semanas e deve ser "clonada" após seis semanas em operação. Quando o substrato, previamente cor de creme se torna escuro e tiver um aspecto "usado" será a altura para nova criação. É provavelmente mais fácil e mais seguro clonar a criação a cada 4-6 semanas e estar preparado para um eventual colapso da antiga criação.
Para alimentar os peixes abana-se com força a garrafa para retirar as moscas da zona da tampa, destape o aquário, volte a garrafa ao contrário e dê algumas palmadas despejando uma dúzia ou mais de moscas de cada vez. O substrato fica grosso o suficiente para não sair.
Atenção! As moscas não têm asas, não voam mas têm patas. Irão subir pelos lados do aquário e dirigir-se à fruta que ficou na cozinha. Poderão ser comida de peixes mas ainda são moscas da fruta. Alimente os peixes em pequenas doses.
Existem diversas linhagens utilizáveis de mosca da fruta. Algumas são inferiores a 3 mm outras são maiores que 6 mm. Umas são completamente sem asas ou têm asas vestigiais outras têm asas que são tão grandes que se se tornam inuteis.
Atenção! As moscas da fruta "sem asas" irão produzir asas funcionais se mantidas a altas temperaturas, portanto mantenha a criação em local temperado. Se isto se tornar um problema abra o recipiente no exterior e deixe as moscas com asas voarem, a partir daí certifique-se que o resto se desenvolve a temperaturas mais frias.
Dica: Um recipiente de Drosophila pode ser arrefecido num frigorifico por alguns minutos para tornar as moscas mais lentas ou imóveis. Será então mais fácil de fazer a clonagem da cultura. Os peixes, porém, talvez prefiram as moscas mais activas.