Doenças de Água Doce
Direitos de Autor
As FAQ existem graças à contribuição dos
participantes na Net e, como tal, pertencem aos leitores dos newsgroups
de aquariofilia.
Os artigos com menção estão sujeitos aos direitos dos
respectivos autores. Cópias das FAQs podem ser feitas livremente
desde que distribuidas gratuitamente e incluídos os autores e
a reserva de direitos.
P: Porque é que os meus peixes estão doentes e como é que posso
evitar mais doenças ?
R: Provavelmente 80-90% das doenças em peixes mantidos em
cativeiro podem ser prevenidas evitando situações de stress. O stress
enfraquece o sistema imunitário dos peixes, levando a um aumento da
susceptibilidade à doença. Na realidade, as doenças e agentes
patogénicos estão quase sempre presentes nos aquários, mas o sistema
imunitário de um peixe saudável irá evitar que estes se tornem um
problema. Alguns dos factores de stress mais comuns para peixes em
cativeiro são:
- Fraca qualidade de água: amónia e nitritos presentes, ou
nitratos muito altos.
- A temperatura da água variar mais de 16 C por dia
- Incompatibilidade de espécies no aquário
- Peixes a mais no aquário (5 escalares adultos num aquário de 4o
litros)
- O aquário ser pequeno demais para o peixe (um peixe de 30 cm num
aquário de 40 litros)
- A água ser quente ou fria demais para a espécie (peixe-vermelho
vs. Peixes tropicais)
- pH errado para a espécie (Discus vs. Ciclídeos Africanos)
- Flutuações de pH superiores a 0.2 unidades por dia
- Protecções ou abrigos insuficientes
- Dureza errada da água para a espécie (Discus vs. Ciclídeos
Africanos)
- Oxigénio insuficiente na água
- Nutrição insuficiente do peixe (comida errada, comida não
variada).
P: Preciso de um aquário de quarentena para os peixes recém
adquiridos?
R: Efectuar a quarentena a peixes recentemente adquiridos é um
bom hábito para qualquer aquário, mas não é absolutamente necessário
para obter sucesso. A quarentena trata apenas de manter os peixes
isolados num outro aquário pelo período de tempo necessário até se
ter a certeza que não são portadores de qualquer doença. Muitos
principiantes sem aquário de quarentena não têm quaisquer problemas,
e argumentam em desfavor de adicionalmente montar um aquário com esse
fim com base no preço. Um tanque de quarentena custa de facto mais,
mas se o aquariófilo já tem milhares de escudos investidos em peixes,
é mais barato possuir um aquário de quarentena separadamente do que
substituir os peixes mortos por uma doença recentemente introduzida.
Além disso, muitos de nós ficamos ligados aos peixes e não queremos
pôr os nossos animais de estimação expostos a doenças trazidas por
peixes novos, independentemente do custo.
O propósito de efectuar quarentenas é o de evitar a introdução
de novas doenças a um sistema estável, e ser capaz de observar melhor
os novos peixes para eventuais sinais de doença. Um aquário de
quarentena pode também desdobrar-se em aquário hospital para peixes
doentes. Estes aquários hospital são bons pois baixam o custo do uso
de medicamentos e mantêm os peixes doentes separados dos saudáveis. A
quarentena é provavelmente mais importante para aquários de água
salgada e de recife de coral por causa da dificuldade do tratamento
das doenças, ou nos peixes de água doce apanhados no meio natural
porque estes provavelmente não estão isentos de doenças. A quarentena
pode ela própria colocar os peixes em stress, por isso deve-se
verificar se esta é correcta para evitar factores que levem ao
stress.
Montar um aquário de quarentena ou hospital:
- Manter um filtro extra - de esponja é o ideal - ou de lã de
vidro num aquário já estabelecido, de maneira a que não se tenha de
estar permanentemente a começar a filtragem biológica do aquário de
quarentena de início. Algumas pessoas usam em alternativa para manter
o filtro biológico activo guppies ou zebras (para aquários de
quarentena de água doce) e mollies (para aquários de quarentena de
água salgada)
- Se não se mantiver o aquário montado, deve-se usar água
envelhecida para enchê-lo. Assim: água envelhecida + filtro
estabelecido = aquário instantaneamente estabelecido.
- Adicionar uma bomba de ar e termóstato extra. Se não se andou
a mexer no termóstato durante o seu armazenamento, este deve vir
programado como da última vez que o guardámos.
*Deve considerar-se o uso de Amquel ou equivalente quando se
administrar medicamentos ao aquário no caso de as bactérias do filtro
biológico serem sensíveis a estes. Os peixes doentes são
especialmente susceptíveis à presença de amónia. (É de notar que a
amónia que se ligou ao Amquel ainda é visível num teste de amónia da
Nessler. Por isso, se se quiser efectuar testes de amónia a esse
aquário, é necessário usar um teste de salicilato para amónia)
- Num aquário hospital, deve-se efectuar mudanças de água
frequentes (inclusive todos os dias).
Se possível, efectuar a quarentena a todos os peixes recém
adquiridos por um período de cerca de 3 semanas. Durante esse tempo,
aclimatar gradualmente os peixes aos parâmetros do aquário a que se
destinam: dureza, pH, salinidade, temperatura, etc. Observar e
tratar quaisquer sinais de doença.
Não se deve medicamentar peixes em quarentena tendo como
argumento "é só para prevenir". Tratar apenas doenças evidentes e
perfeitamente identificadas. Tratar os peixes de quarentena com um
conjunto de medicamentos terá apenas como fim peixes enfraquecidos e
bactérias resistentes a antibióticos.
Uma vez terminada a quarentena, se se tratou de alguma doença
particularmente séria, é bom desinfectar o aquário e restabelecer o
filtro biológico. Lixívia ou água bastante salgada (para água
doce) funcionam bem. No entanto deve-se certificar se todos os traços
de lixívia são eliminados (bem lavados). Outro bom desinfectante é o
permanganato de potássio (uma forma comercial de o obter é o Jungleïs
Clear Water).
Se não se decidir pela quarentena, não se deve adicionar água
armazenada ao aquário que tem os peixes recém adquiridos
(ver a FAQ Iniciação à Água Doce
para ideias sobre a aclimatação).
P: E porque não fazer uma quarentena às plantas ?
R: As plantas também podem transportar doenças para um aquário.
É boa ideia desinfectar as plantas novas se estas estiveram
conjuntamente com peixes na loja. Para mais informações sobre métodos
de desinfecção de plantas ver a
FAQ Plantas.
P: Em primeiro lugar como é que evito introduzir doenças ?
R: Nunca comprar peixes doentes da loja. Especialmente não
comprar peixes ou plantas dum aquário se *algum* dos peixes no
aquário mostrar sinais de doença ou se existe um medicamento na água
desse aquário (água colorida de amarelo, verde, ou azul). As pessoas
da loja podem dizer que os peixes estão bem, mas se de facto estão,
porque é que existem medicamentos no aquário? Também se deve
perguntar há quanto tempo os peixes estão na loja. Peixes recém
chegados podem trazer doenças que ainda não foram detectadas. Sendo
melhor esperar umas duas semanas antes de comprar os peixes. Se no
entanto se quer o peixe que acabou de chegar, deve-se ter especial
atenção em efectuar correctamente a sua quarentena.
O mais importante: observar os nossos peixes e determinar qual
a sua aparência e comportamento normais. Se não se souber o que é o
estado normal, não se pode saber o que é o estado doente.
Maus sinais:
- Barbatanas presas (as barbatanas estão dispostas anormalmente
perto do corpo).
- O peixe recusa a sua comida habitual por mais de 2 dias.
- Existem pontos visíveis, lesões, ou manchas brancas no peixe.
- O peixe vem respirar à superfície da água.
- O peixe flutua, afunda-se, gira, ou nada de lado.
- O peixe oscila (move-se de um lado para o outro sem progredir
para a frente)
- Um peixe normalmente activo encontra-se parado.
- Um peixe normalmente parado encontra-se muito activo.
- Um peixe incha de repente, e não é por ter ovos ou alevins.
- O peixe esfrega-se contra as decorações do aquário.
Sugere-se a criação de um armário com medicamentos. Quase
parece que os peixes ficam sempre doentes quando as lojas estão
fechadas.
- Testes da qualidade de água: pH, amónia, nitritos, nitratos
- Sal de aquário (e NÃO sal de mesa. A maioria dos sais de mesa
possuem aditivos para evitar a sua agregação. Kosher ou sal gema são
bons)
- Verde de Malaquite/formol remédio para os pontos brancos
- Azul de Metileno
- Lixívia para desinfecção
- Talvez um antibiótico (Kaianamicina ou Furanace)
- Comida com antibióticos
- Remédio com cobre para tratamento de parasitas
E para peixes grandes demais para manusear:
- Q-tips
- Verde de Malaquite e mercurocromo
Os peixes estão a respirar à superfície, ou muito inactivos,
mas não existem lesões quando tudo começou. As barbatanas parecem
estar presas. Muitos peixes de diferentes espécies são afectadas, e
possivelmente todo o aquário. Se a água se manteve em mau estado há
algum tempo, os peixes podem apresentar putrefacção das barbatanas,
ou manchas de sangue nas barbatanas.
- Se os peixes estão a respirar à superfície, ou possuem
brânquias roxas: amónia em concentrações elevadas ou pouco oxigénio
podem ser a causa; testar a amónia e o oxigénio dissolvido.
- Se o principal sintoma é a inactividade: testar os nitritos,
pH, oxigénio dissolvido, nitratos
Dependendo dos resultados dos testes, efectuar o seguinte:
- Amónia
- Mudar a água o suficiente para reduzir os níveis de amónia para
1-2 ppm em água doce e abaixo de 1 ppm em água salgada. Se isso
significar uma mudança de mais de 1/3 da água, ter a certeza que a
água que se adiciona está à mesma temperatura, salinidade, dureza e
pH que a da água do aquário. Pode também efectuar-se várias pequenas
mudanças de água durante alguns dias. Deve-se aerificar, e certificar
que o pH está igual ou abaixo de 7.0 nos aquários de água doce.
Adicionalmente ou em vez de efectuar mudanças de água, pode-se
adicionar Amquel para imediatamente aliviar o peixe. Descubra porque
é que a amónia está presente e corrija o problema.
- Nitritos
- Mude a água o suficiente para trazer os nitritos abaixo de 2
ppm (tal como para a amónia se for muita água, encaixar os parâmetros
ou realizar múltiplas mudanças), adicionar uma colher de sopa de sal
para 4 litros de água (nem todos os peixes poderão tolerar esta
quantidade - começar com uma colher de chá), e adicionalmente
aumentar a aerificação. Descubra porque é que os nitritos estão
presentes e corrija o problema.
- Nitratos
- Mudar a água e limpar o filtro. Se o filtro se encontra sujo,
existem mais restos de matéria orgânica presente para ser
transformada em nitratos. Começar por alimentar menos e mudar mais
vezes a água.
- Níveis baixos de oxigénio
- Juntar mais uma pedra difusora. Se isto ajudar, o peixe
provavelmente não tem oxigénio suficiente na água. O aquário pode
precisar de ser limpo, ter menos peixes, ou maior movimento de água à
superfície a partir de uma cabeça motorizada, uma pedra difusora, ou
de um filtro.
- PH impróprio
-
Se os valores de pH são muito baixos: certificar-se que o
tamponamento com carbonatos é adequado, pelo menos 5 dKH. Em geral
adicionar 1 colher de chá cheia para 120 litros, aumenta o dKH em 2
graus. Para um aquário de 40-80 litros que necessita do pH um
bocadinho mais elevado, experimentar adicionar um quarto de colher de
chá cheia. Se isso não for suficiente adicionar uma colher de chá
cheia ou mais. Em aquários de grande capacidade pode-se ir até 1
colher de chá cheia para 120 litros. Se os valores de pH continuam
baixos e o KH está pelo menos nos 5-6 graus de dKH, limpar o aquário.
Para uma tamponização a longo prazo de sistemas de água salgada e
água doce alcalina, adicionar areia de coral. Se o pH é muito
elevado, pode-se adicionar ácido fosfórico para baixar o pH. Não usar
e abusar deste ácido uma vez que pode promover o crescimento de
algas, usá-lo só em casos extremos como o de envenenamento por
amónia. Para baixar o pH a longo prazo, usar turfa no filtro, ou usar
água destilada ou desionizada misturada com a água da torneira.
Sintomas: Os peixes parecem apresentar pequenos grãos de sal no
corpo e podem esfregar-se de encontro a objectos no aquário.
A doença dos pontos brancos é causada por um protozoário
(Ichthyopthirius multifiliis) com um ciclo de vida o qual inclui uma
forma nadante livre. Este protozoário desenvolve-se no peixe à
destaca-se deste e vai ligar-se ao areão ou ao vidro do aquário à
reproduz-se dando origem a muitos parasitas à estes parasitas colam-se
depois ao corpo de outros peixes. Se estes parasitas não encontram
um hospedeiro, morrem passados cerca de 3 dias (dependendo da
temperatura da água).
Assim, para a cura, o medicamento tem de ser administrado
directamente no aquário de forma a matar estas formas livres de
parasitas. Se os peixes são retirados para um aquário de quarentena
os parasitas que se encontram no aquário principal escapam ao
tratamento - a menos que todos os peixes sejam removidos por um
período de cerca de uma semana em água doce e de 3 semanas em água
salgada. Num aquário de recife de coral, em que os invertebrados são
sensíveis a este tipo de tratamento, remover os peixes é a única
opção. Pensa-se que estes protozoários se encontram na forma dormente
na maioria dos aquários. Sendo activados quando ocorrem flutuações de
temperatura.
Cura: Para a maioria dos peixes, usar um medicamento com formol
e verde de Malaquite. Estes são ingredientes activos em muitos dos
medicamentos à venda em lojas de aquários. Alguns desses produtos são
o Rid Ich da Kordon e Quick cure da Aquarium Pro. No entanto basta
ler o rótulo para descobrir uma série de outros produtos semelhantes
de outros fabricantes. Verificar se existem flutuações de temperatura
no aquário e corrigi-las para evitar que o mesmo suceda de novo.
Notar que os tetras são ligeiramente sensíveis ao verde de Malaquite,
por isso usar metade da dose deste produto.
Use estes produtos como
indicado (regra geral uma dose diária) até que todos os pontos
desapareçam dos peixes. Depois dosear de 3 em 3 dias até perfazer um
total de mais 4 doses. Isto permitirá matar todas as formas livres de
parasitas assim que eclodem dos cistos.
Outra forma de cura é aumentar a temperatura da água do aquário
até cerca de 32 C e adicionar 1 colher de chá de sal para 4 litros de
água. Nem todos os peixes suportam este tratamento.
Finalmente, pode ainda tratar-se esta doença através de um
"método de transferência". Movem-se diariamente os peixes para um
aquário diferente com água limpa, condicionada, e quente. Os
parasitas destacam-se dos peixes ficando assim neste aquário. Após
mudar os peixes diariamente durante uma semana, os peixes
(presumivelmente curados) podem ser de novo introduzidos no aquário
principal. A desvantagem deste método é causar stress não só aos
peixes como ao próprio aquariófilo.
As barbatanas dos peixes ficam brancas e desaparecem. A
putrefacção segue-se regra geral a uma ferida ou lesão. Pode também
ser causada por má qualidade de água.
Cura: Primeiro, tratar a água e remover peixes que gostam de
mordiscar as barbatanas de outros. Mudar parte da água (cerca de 25%)
e adicionar uma colher de chá de sal para melhor sanar a ferida. Se o
problema era má qualidade de água ou outro peixe no aquário, isto
deve chegar. As feridas devem começar a sarar dentro de dois dias.
Se por outro lado piorar, verificar primeiro se isso é causado
por fungos ou bactérias. A putrefacção por meio de fungos dá um
aspecto de haver tufos de algodão nas barbatanas seguindo-se
geralmente a uma lesão. É visto com frequência em ciclídeos Africanos
ou peixe que se aleijaram de encontro a decorações do aquário. A
putrefacção por meio de bactérias, dá também um aspecto branco às
barbatanas mas sem o aspecto de algodão como nos fungos (à excepção
da infecção provocada pela bactéria Columnaris), e pode ser
contagiosa. Torna-se então necessário retirar os peixes do aquário e
tratá-los.
Fungos: Para peixes de tamanho suficiente para serem
manuseados, apanhá-los, e esfregar o peixe com uma cotonete, em que
uma das pontas foi previamente embebida em verde de Malaquite, na
zona em que os fungos se encontram presentes. Isto é extremamente
eficaz. Poderá ser necessário repetir este tratamento mais vezes.
Para peixes mais pequenos, um fungicida comercial como o Maroxy
pode resultar. Para infestações mais sérias, tentar um banho com Azul
de Metileno (de forma a que mal se consiga ver o peixe) até os fungos
se tornarem azuis ou durante 20 minutos. Se o azul de metileno for
administrado directamente para o aquário, as plantas morrem e o
filtro biológico é danificado.
Bactérias: Tratamento com antibióticos num aquário de
quarentena. Isto é muito traumatizante para os peixes, e nem sempre
dá resultado, por isso deve-se certificar bem o que se está a fazer
antes de o tentar. Se o peixe está a comer a melhor aposta é usar
antibióticos na comida. A Tetra fabrica um com bons resultados -
comprar o que indica tratamento de infecções bacterianas e seguir o
que está indicado no rótulo.
Se o peixe não está a comer, um tratamento por imersão torna-se
necessário. Uma combinação de Kainamicina e Furanace geralmente dá
bons resultados, especialmente para Columnaris. Mais uma vez, o
tratamento deve ser num aquário separado e com forte aerificação.
Ciclídeos e outros peixes agressivos podem apresentar lesões
que são sérias o suficiente para sangrarem após uma luta. Outros
peixes podem ir de encontro a decorações do aquário, aos vidros, ou
pedras.
Os peixes maiores podem ser apanhados e as suas feridas
esfregadas com mercurocromo (disponível nas farmácias) ou Betadine
(antibiótico à base de iodo também disponível nas farmácias)de forma
a evitar infecções. Deve-se certificar que estes químicos não entram
em contacto com os olhos ou brânquias. Para peixes muito pequenos,
colocá-los num aquário separado com Azul de Metileno (não muito forte
- pálido) e 1 colher de chá de sal para 4 litros. Se se quiser manter
os peixes no aquário adicionar apenas o sal, uma vez que o Azul de
Metileno irá danificar o filtro biológico.
Observar os peixes de forma a certificar-se que as lesões estão
a sarar bem, e repetir a dose com mercurocromo caso se justifique. Se
posteriormente surgir a putrefacção das barbatanas ou uma infestação
por fungos, ler a informação acima dada sobre putrefacção das
barbatanas.
O peixe incha como um balão e apresenta os olhos a saltarem da
órbita. Pode recuperar sem tratamento ou morrer mesmo com tratamento.
O inchaço deve-se ao facto do peixe estar a absorver mais água do que
a eliminá-la, e isto pode ser causado por uma série de problemas.
Nitratos elevados é uma das coisas a verificar. Infecções
bacterianas internas, incluindo tuberculose íctica, são outras
possibilidades. Se não existirem problemas com a qualidade de água,
pode-se tentar um tratamento à base de antibióticos num outro
aquário.
Esta doença pode afectar Discus, outros ciclídeos, e muitos
peixes de água salgada. O peixe desenvolve pequenos orifícios na sua
cabeça e muitas vezes ao longo da linha lateral. As causas são
incertas mas como qualquer doença, o stress e má qualidade de água
exercem um papel importante. O
Manual of Fish Health
diz que esta doença pode ser provocada por deficiências nutricionais,
especialmente em vitamina C. Peixes que estão em aquários plantados
raramente apanham esta doença, o que suporta a ideia relativa a
problemas nutricionais, uma vez que os peixes podem mordiscar as
plantas e obter mais algum alimento complementar. Untergasser,
observou a presença do protozoário Hexamita nestas lesões. Casos que
não são tratados levam a um grave desfiguramento ou podem ser mesmo
fatais.
Cura: Primeiro, certificar-se que a qualidade de água é óptima
e reduzir o stress. Parar o filtro de carvão activado pode ajudar uma
vez que este retira nutrientes da água. Depois fornecer uma
alimentação rica em vitaminas, prestando particular atenção a um
suplemento de vitamina C.
Para casos mais complicados, alguns livros sugerem
metronidazola (Flagyl) para eliminar Hexamita (protozoário patogénico
não muito forte) das lesões. A experiência do aquariófilo pode
influenciar o sucesso deste tratamento. Metrozole e Hex-a-mit são
produtos comerciais com metronidazola.
O peixe nada de barriga para cima ou de lado. Isto é
particularmente comum nos peixes vermelhos devido às formas bizarras
dos seus corpos. Flocos consumidos rapidamente incham no intestino do
peixe e impedem o peixe de controlar a bexiga gasosa
convenientemente. Para ajudar os peixes, alimentá-los com alimentos
previamente imersos ou gelatinosos. Vegetais são também bons,
ervilhas em particular.
Tal como no apodrecimento das barbatanas, estas desordens podem
ser causadas por infecção bacteriana. O tratamento é praticamente o
mesmo. Usar antibióticos no alimento se o peixe está a comer, ou
adicioná-los à água do tanque de quarentena se os peixes não estão a
comer.
Adicionar um medicamento à base de cobre ao aquário e controlá-
lo através de um teste para cobre. O produto Maroxy da Mardel também
funciona bem. Para sanguessugas ou copépodes em peixes de lago,
removê-los com pinças e esfregar a zona com mercurocromo para evitar
posterior infecção.
Os peixes parecem ter sido polvilhados com pó dourado. As
barbatanas podem estar presas e o peixe pode oscilar.
Tratar com um medicamento anti-parasitas como o cobre ou
formol e Verde de Malaquite.
The Manual of Fish Health
Dr. Chris Andrews, Adrian Exell and Dr. Neville Carrington.
New Jersey: Tetra Press, 1988
Este é um livro excelente, e recomendo-o a todos os que se
interessam por este tipo de assunto.
Handbook of Fish Diseases
Dieter Untergasser
Translation by Howard H. Hirchhorn
T.F.H. Publications, Inc., 1989
Este é a minha segunda escolha. É muito bom,
mas alguns dos
tratamentos são difíceis de obter, e entra em mais detalhes que
aqueles que o aquariófilo comum precisa (ou quer) saber.
Doenças de Água Salgada
Voltar ao Índice de Doenças